"O compromisso do governo com o equilíbrio fiscal implica que, se a estimativa de superavit primário de R$ 47,8 bilhões, equivalente a 0,95 % do PIB estimado para o ano, prevista para Estados e municípios não se verifique, essa será compensada pelo governo federal de forma a atingir a meta global", informou em nota o ministério.
Para este ano, a meta do primário é de R$ 139,8 bilhões. O governo promete cumprir esse objetivo sem descontar os recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e anunciou em fevereiro corte de R$ 55 bilhões no Orçamento deste ano.
Dentro do Ministério da Fazenda, o cumprimento da meta cheia é vista como um dos pilares para o BC reduzir a taxa básica de juros, hoje em 9,75% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se na próxima semana e a expectativa do mercado é que a Selic seja cortada em 0,75 ponto percentual e assim permanecer até o fim do ano.
INFLAÇÃO
O governo, ainda pela LDO do próximo ano, também manteve as estimativas para o IPCA de 2012 e de 2013 em 4,7% e 4,5%, respectivamente.
No último Relatório de Inflação, o BC previu que o IPCA ficará em 2012 em 4,4% --abaixo do centro da meta oficial de 4,5%-- devido à desaceleração da atividade econômica interna e à maior deterioração do cenário global. Para 2013, no entanto, a autoridade monetária piorou sua estimativa, que subiu de 4,7% para 5,2%.
Extraído da Tribuna da Bahia
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