A Assembleia Legislativa
da Bahia (ALBA) aprovou na noite desta terça-feira (27) o projeto de Lei
conhecido como Antibaixaria.
O projeto proibe a contratração com
dinheiro público estadual de artistas que
tenham no repertório músicas ofensivas às mulheres. O projeto recebeu
apoio do Ministério Público e de toda a bancada feminina da ALBA. A
autora, deputada Luiza Maia, do PT, diz que não que a luta não termina
com a aprovação desse projeto de Lei.
“Aqui a gente não encerra
a nossa luta contra a violência contra a mulher. Eu entendo que essa
Lei é fundamental, já que ela é um largo passo que as mulheres estão
dando pelo fim da violência. Mas sabemos ainda, que há uma estrada longa
pelo fim da violência. A aprovação pela maioria dos deputados é uma
demonstração de que vale a pena continuar lutando”, revelou a deputada.
Após 2h de votação o
projeto de Lei teve a presença dos 63 deputados existentes na ALBA com
43 votos favoráveis e nove contra. Para o presidente da casa, Marcelo
Nillo, esse é um projeto importante. "Depois de muitas discussões e
embates políticos, finalmente foi aprovado por 43 votos favoráveis e 9
contra. Agora o projeto será enviado ainda nesta terça-feira (27) para o
governador do estado, Jaques Wagner, que terá 30 dias para sancionar ou
não", explicou.
Nilo explicou ainda que
uma emenda posta por 21 deputados retirou do projeto de Lei a proibição
da dança e coreografias. "O que fica proibido são músicas que ofendam
mulheres e gays ou que incitam a violência", concluiu.
Bancada contra
Alguns parlamentares são contra, já que para eles o projeto fere a constituição.
“Ele
é totalmente inconstitucional. Ele fere o direito a propriedade
intelectual, ele também tenta legislar sobre censura. E a censura também
é matéria de competência federal. Então a sessão é completamente
inócua, porque não tem sentido jurídico nenhum e nem sentido político”,
explica o líder do PMDB na ALBA, deputado Luciano Simões.
Nas ruas
O
projeto gerou muita polêmica nas ruas de Salvador. "Essa é uma música
que fica vulgarizando as mulheres", concluiu uma jovem. A outra, já não
defende o mesmo posicionamento. "Quem faz o sucesso é o povo, porque o
cantor não divulgaria uma música se o povo não gostasse", explica outra
jovem.
A polêmica também é
discutida entre os homens. "As músicas que estão tocando hoje em
Salvador são a que o povo gosta", concluiu jovem. "Realmente é uma
grande baixaria, mas eles deveriam se preocupar com coisas mais
importantes do que essa", concluiu outro jovem.
Fonte: G1
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