Os
alunos da região Nordeste fizeram a diferença na conquista de medalhas
na 8ª edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil, promovida pela
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte
conquistaram 44 medalhas - das 75 distribuídas nesta edição da
Olimpíada. A última fase do evento reuniu mais de mil alunos e
professores de escolas públicas e particulares de todo o país.
No ranking geral, o
Ceará foi o campeão com 19 medalhas; São Paulo levou 15 e o Rio Grande
do Norte ficou em terceiro lugar, com 14 medalhas. O estado potiguar,
apesar da colocação, foi o recordista no ouro. Os medalhistas são alunos
do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, que levou 43 equipes para a
fase final da Olímpiada. O estudante Pedro Renan Lopes Costa, 18, é um
deles, e está no último ano do curso Técnico Integrado em Edificações,
no campus de Mossoró.
Foi uma
experiência muito importante para nossa vida porque a Olimpíada não
trabalha a história como uma disciplina mecânica que você aprende em
sala de aula, ela vai muito além disso porque ela estimula o desejo de
pesquisa, de aprendizado mesmo, e é um desejo que nós vamos usar, tipo,
na nossa vida profissional e na nossa vida como cidadãos também.
Pedro Renan disse que o
tema principal da Olímpiada foi a escola. Na opinião dele foi uma
experiência incrível porque é algo que faz parte da vida dos alunos, e
eles puderam aprender muito sobre a cultura, a história e o trajeto
percorrido do método de ensino do Instituto ao longo dos anos. Pedro
também está feliz com o ranking geral de medalhas alcançado pelos alunos
e professores do Nordeste.
Eu fico muito
orgulhoso com esse resultado do Nordeste porque quebra muito os padrões
que existem, né, porque querendo ou não existe sim um preconceito contra
a região Nordeste, e esse resultado descontrói toda essa ideia que
mostra que o Nordeste não é só uma questão de seca e de pobreza, mas
existe também um grande incentivo ao ensino e que os alunos daqui são
dedicados e mostram trabalho quando vão para essas Olímpiadas.
Pedro Renan já
participou também das Olímpiadas de Matemática e Física e recomenda a
quem ainda não teve essa oportunidade que tente passar por essa
experiência. Agora ele se dedica a conclusão do curso técnico no
Instituto Federal e planeja prestar o vestibular para arquitetura na
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Reportagem, Sandra Fontella
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