O golpista que sobe nas torres de telefone - normalmente da
Oi - ameaçando se suicidar, como aconteceu recentemente em Jacobina e
Jequié (onde foi desmascarado e preso), age agora no Estado do Paraná.
Confira: Um
homem passou quatro horas em cima de uma torre de telefonia na Avenida
Gastão Vidigal, em Maringá (PR), ameaçando se matar. A situação começou
às 10h20 e terminou às 14h20, quando José Carlos Conceição, 29 anos,
desceu e foi levado em uma Kombi a uma igreja evangélica. O
homem é reincidente nesse tipo de ação e ficou conhecido na Bahia como
"o golpista da torre" e "Zé da Torre". Ele aparece em reportagens de
sites de jornais baianos também ameaçando se atirar de cima de torres de
telefonia. Como foi no Paraná A
cena em Maringá mobilizou bombeiros, policiais militares, agentes da
Setran e atraiu dezenas de curiosos. Muitos moradores passaram a manhã
na calçada à espera da solução do caso. "É uma palhaçada", reclamou um
deles. "Pula
logo", gritava o outro. Furioso com a provocação, Conceição atirou um
pedaço de garrafa de vidro na direção daquele que torcia pelo salto -- e
errou. "Pula de uma vez", desafiou novamente o alvo da garrafada. A
antena fica em um terreno na esquina da Gastão Vidigal com a Rua Terra
Boa. A área tem portão e é trancada com cadeado, mas Conceição teve
acesso à torre depois de ameaçar um técnico de uma empresa de telefonia
que estava no local para a manutenção da rede. Descalço
e sem camisa, escalou 20 metros da antena – que tem 80 –, ameaçou pular
e disse que só aceitaria negociar na presença de comandantes da PM e
dos Bombeiros, assistente social, policial civil e promotor. O
homem exigiu também a vinda do vereador Belino Bravin Filho (PP), que
apareceu no local minutos depois. "Eu conheço esse cara, ele é educado e
trabalhador. Já me pediu ajuda e volta e meia toma café e água na
Câmara (de Vereadores)", disse. Identificação e queixas Conceição
contou que é de Salvador, chegou terça-feira em Maringá, escalou a
torre para reivindicar seus direitos e que não era a primeira vez que se
arriscava em antenas. "Já fiz isso em Medianeira e Curitiba", berrou lá
de cima. "Eu
tô chateado e vou botar fogo no meu corpo". Ele chegou a enrolar uma
corda no pescoço. Dois quarteirões da Avenida Gastão Vidigal tiveram de
ser isolados. Conceição
só decidiu descer (sem se jogar) depois de ouvir pastor, psicóloga e
assistentes sociais. "Ele está com medo de ser preso e de apanhar",
afirmou a psicóloga Michele Rosa de Melo. A polícia deu um ultimato a
Conceição assim que ele botou os pés no chão. "Pedimos
que ele não faça mais isso em Maringá, porque na segunda vez não terá
nova chance", disse o capitão da PM, Radamés Luciano Vinha. O homem não
foi preso porque ninguém prestou queixa.
Informações de O Diário do
Paraná extraida do Interior da Bahia
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