A Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) lançou
durante a 4º Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional,
que ocorre em Salvador (BA), um documento alertando sobre o uso das
cisternas de plástico. Esses reservatórios começam a fazer parte da
política governamental para levar água às famílias do Semiárido, a
partir do Programa Água para Todos, no contexto do Plano Brasil Sem
Miséria. No documento a ASA elogia a decisão de universalizar o
acesso à água no Semiárido, mas lamenta a utilização das cisternas de
plástico como alternativa para alcançar esse objetivo. “As cisternas de
plástico/PVC excluem a população local, não permitindo a sua
participação no processo de reaplicação da técnica, criando dependência
das empresas”, diz um trecho do manifesto. A ASA já construiu 360
mil cisternas, através do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC). Isso
tem gerado autonomia para mais de 1.700.000 pessoas sobre a gestão da
sua própria água. Também foram construídas quase 12 mil tecnologias de
captação de água para produção de alimentos, entre taque de pedra,
cisterna-calçadão, barragem subterrânea e bomba d’água popular. O
impacto da ação da ASA está descrito em outro documento, que também
está sendo distribuído na conferência. Nesse mesmo texto, a Articulação
se coloca contra a campanha de criminalização das organizações
não-governamentais (ONGs). “A ASA, e as centenas de organizações que a
ela se referem, se recusam a serem comparadas e confundidas, por quem
quer que seja, com organizações que desviam recursos públicos”, ressalta
o manifesto.
Fonte: MOC
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