Apesar das chuvas que ainda caem em Riachão do Jacuipe e
região, não foi o bastante para atender a demanda existente. Sem
inverno, praticamente desde maio que não chovia nos municípios do
semiárido baiano. Em
Riachão do Jacuipe muitos pecuaristas já se preocupavam com a falta de
comida para os animais, assim como era cada vez mais preocupante a pouca
água que ainda existia nos reservatórios das propriedades rurais. Tal situação já obrigava alguns pecuaristas darem ração aos animais bovinos, aumentando também os seus custos mensais. Para
o Sr. Ivo Alves Júnior, 58 anos, com propriedade em Riachão do Jacuipe,
a chuva chegou num momento oportuno para combater a fome dos animais,
que já estavam completamente debilitados por conta longa estiagem. Ivo
Júnior ressaltou à nossa reportagem que, mensalmente, os gastos
deixaram impacto de 100% dos recursos destinados aos serviços dos
trabalhadores e compra de rações e máquinas de moer. - Em Ichu, ano tem chuvas reduzidas. Em
Ichu, município vizinho de Riachão do Jacuipe, a situação não era
diferente. Mais aliviados com a chegada das chuvas, alguns pecuaristas
já se desesperavam por conta da estiagem. O
município vinha sofrendo as consequências da estiagem devido aos baixos
índices pluviométricos. A quantidade de chuvas, este ano, estava bem
abaixo da média do ano passado, segundo informações do agricultor Eraldo
Cedraz (Dinho de Pedro de Seu Né). Segundo
Iradilson Lúcio, comunicador da Independente FM, Eraldo Cedraz faz um
trabalho muito bem feito, medindo a quantidade de chuvas que cai no
município mês a mês e, no final, ele vai anotando para registrar a média
do ano. "Não
tenho hidrômetro, uso um meio bem simples e fácil para fazer esse
registro: coloco um vaso num lugar aberto, onde possa cair água da chuva
naturalmente, e sempre depois da chuva eu meço com uma régua sendo que o
segredo é que cada centímetro da régua corresponde a 10 milímetros de
chuva", explicou. Segundo
Eraldo, nos 12 meses do ano de 2010, a quantidade de chuvas em Ichu foi
de 606 milímetros. Já em 2011, com os números atualizados dos nove
meses que já se passaram (janeiro a setembro) a quantidade em milímetros
só chegou a 265, portanto, pouco mais de um terço da quantidade do ano
passado e bem longe da média anual do nordeste. A
realidade de Riachão e Ichu não é diferente dos outros municípios da
região. Agora, com a volta das chuvas antes do mês de novembro – período
mais apropriado para as trovoadas – os agropecuaristas se animam e
buscam restabelecer os prejuízos acumulados.
Por Noroel Fernandez, com colaboração de Iradilson Lúcio (Foto: Noroel Fernandez /IB)
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