Depois
de lançar seu segundo CD e primeiro DVD, intitulado “A vida tirou a
calcinha pra mim”, o cantor e compositor Marcus Sena segue cumprindo
agenda em cidades do interior baiano. Em
julho deste ano o DVD e CD do cantor foi gravado no Centro
Universitário de Cultura e Arte, CUCA, na cidade de Feira de Santana.
Com uma plateia selecionada, e já seguidora do artista, o show gerou uma
grande expectativa em torno de seu novo álbum. Depois
de gravado, o trabalho do artista foi lançado no dia 23 de agosto em
Riachão do Jacuípe. Na oportunidade, muita gente foi conferir. Depois de
Riachão, Marcus já se apresentou em cidades como Conceição do Coité,
Feira de Santana, Entre Rios, dentre outras. No próximo dia 05 de
novembro o artista e sua banda seguem apresentando o novo trabalho na
cidade de Ichu. Até o fim do ano, estarão em Pé de Serra, Ipirá e
Alagoinhas. O
novo trabalho do cantor é bastante original, todas as canções são de
autoria do artista, com exceção da música SOS, momento do DVD em que
Marcus Sena divide o palco com o ex guitarrista base de Raul Seixas,
Régis Valle. Régis foi guitarrista de Raul durante o ano de 1984, por
isso, bem à vontade, interpreta com Sena SOS e juntos demonstram que têm
em Raul uma referência musical. - Estilo Quando
se fala em Marcus Sena é impossível não lembrar das letras fortes e
melodias profundas vindas do próprio estilo de vida do cantor: “Marcus é
um artista de uma sensibilidade um tanto crítica, na música Pé de
Barriguda ele mexeu com o brio e “sentimentalismo patriótico” de alguns
moralistas da pacata Riachão”, analisou Maria das Graças, integrante do
mais novo fã clube do artista.
Segundo a
canção citada pela fã, (Pé de Barriguda) o artista apresenta a árvore
Chorisia speciosa, (barriguda) como a única referência do lugar, ou
melhor: “um Pé de Barriguda pra descansar é a única referência desse
lugar”, enfatiza o refrão. O Pé de
Barriguda fica localizado no centro de Riachão do Jacuípe, na Praça da
Matriz, próximo da igreja. Segundo a lenda na cidade, o homem que sentar
em baixo da árvore, vira homossexual. Talvez por isso, muitos
apresentem resistência sobre a canção, contudo, a letra faz referência
mesmo às carências “culturais” da cidade, como por exemplo, a falta de
centros culturais, bibliotecas, cinema, e outros.
Vencedor em
2009 do Festival Vozes da Terra, com a canção “Desculpa Mãe”, uma letra
muito comovente, ele também participou do Festival do ano passado. Nessa
edição, o artista foi classificado, apesar de não vencer, deixou
inculcados os jurados, já acostumados com músicas de amor, pois, na
oportunidade, ele se destacou com o blues Poesia de Vendedor, que só
parece ter sido entendida semanas depois, quando alguns jurados
procuraram o cantor para gravar a canção.
Na canção “Pra
essa igreja eu não vou”, Marcus diz ser o porta-voz de uma juventude
que vê seus pais doarem terrenos e casas para pastores de igrejas em
troca de cura ou coisas semelhantes. “Fiz essa canção inspirado nessa
realidade, porém o ápice de minha indignação veio quando assistir um VT
do pastor Edir Macedo ensinando seus pastores a arrancar grana dos
fiéis, aquilo foi demais pra mim”, explica Sena.
Sobre o tema
do álbum; “A vida tirou a calcinha pra mim”, Marcus diz ter origem nas
novas descobertas dele no meio musical, como por exemplo, o aumento do
público para um som menos comercial e mais alternativo: “As vezes nem
sinto que estou na Bahia”, comenta, referindo-se à massificada presença
do pagode baiano. -
Ameaça O
artista sabe que sua música agrada, mas também incomoda, pois há alguns
dias atrás, foi abordado por dois pagodeiros: “Me vi cercado por dois
jovens com cabelos moicanos e correntes de prata, então um deles olhou
pra mim e disse: “Você só vai parar de falar mal do pagode quando um da
gente te quebrar. Apenas, fiquei feliz em saber que sou mal visto pelos
pagodeiros” (risos), brinca Sena. No
álbum, o lado sentimentalista do cantor vem à tona em canções como:
“Recaídas”, “Cara”, e “Eu só minto um pouco”, as letras deixam
explicitas as interrogações do roqueiro sobre amor, casamento e
separação. Já
na doce melodia de “Homem Comum”, uma parceria com o compositor gaúcho,
Lazáro Rosa, Marcus deixa escapar a paz desejada, com fogueira, violão e
um folkzinho pra relaxar, o que acaba sugerindo também um tom de
cantoria regionalista. Todos
esses detalhes fazem de Marcus Sena um artista com uma poesia bastante
singular, com estilo próprio, mas que se inspira em artistas como Bob
Dilan, Zé Ramalho, e o imortal Raul Seixas. Para conferir tudo isso, acesse aqui e veja um trecho com cinco canções do novo trabalho de Marcus Sena.
Contatos para Show: (75) 91553858 / (75) 81259483 (Interior Da Bahia)
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