Os médicos lutam para manter os bebês estáveis, mas a
situação deles é delicada. De acordo com a diretora assistencial da
Santa Casa, Neila Dahas, uma das crianças já estaria com o rosto todo
azulado. Ao
contrário do que a maioria das pessoas pensa, não foi um bebê com duas
cabeças que nasceu em Anajás, mas dois bebês colados em um mesmo corpo.
“Um atraso na divisão do ovo que originaria dois gêmeos normais formou
duas crianças coladas”, Neila Dahas. Bebês siameses estão clinicamente estáveis - As
crianças siamesas que nasceram na última segunda-feira (19), no
município de Anajás, na ilha do Marajó (PA), estão clinicamente
estáveis, segundo boletim médico divulgado nesta quarta-feira (21) pela
Santa Casa do Pará. A
mãe, Maria de Nazaré, decidiu chamá-los de Emanoel e Jesus. Segundo a
médica, a possibilidade de separação de corpos “seria absolutamente
impossível”. São duas cabeças, dois cérebros e duas colunas - o que
indica que são dois bebês - mas eles dividem o mesmo fígado, coração,
pulmões e a pelve. A
mãe conta que os dois mamaram, mas os médicos ainda não descobriram se
eles têm dois ou um só estômago. “O corpo parece de uma criança normal”,
diz Dahas. Separação - Eles
estão na UTI neonatal com acompanhamento de pediatra, neonatologista,
enfermeiro, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e toda a estrutura
necessária para mantê-los vivos. No
último caso semelhante a este registrado na Santa Casa, os bebês
permaneceram no berçário por cerca de um mês e meio e morreram. A
retirada de uma das cabeças, a única coisa que poderia ser feita,
segundo a médica, esbarra na questão legal e ética. “Se estiverem com os
dois cérebros funcionando, como vamos escolher qual a cabeça que vai
ser retirada?”, questiona Dahas. Mesmo
quando o acolamento se dá só no tronco ou na pelve, a cirurgia de
separação nunca é imediata porque as crianças precisam se desenvolver e
se estabilizar, e quase sempre a cirurgia é feita depois do primeiro ano
de vida. “Então, nós não temos pressa no sentido de pensarmos na
possibilidade de cirurgia. O que temos que pensar neste momento é em
manter as crianças em boas condições e ver que evolução elas terão”.
Informação do Diário do Para e Agência Para, como foto do Diário do
Pará, Extraido do Interior da Bahia
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