Dados do Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa) do Ministério da Saúde, divulgados nesta segunda-feira (5), mostram que 48 municípios brasileiros estão em situação de risco para epidemia de dengue. Cerca de 4,6 milhões de pessoas vivem nessas cidades, segundo o governo federal. As 48 cidades estão em 16 estados e três delas são capitais: Rio Branco
(AC), Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT), segundo o ministério -Veja LISTA DE MUNICÍPIOS EM RISCO DE EPIDEMIA DE DENGUE UF Cidades Acre Brasileia, Epitaciolândia, Porto Acre, Rio Branco e Senador Guiomard Alagoas Arapiraca e Palmeira dos Índios Bahia Ilhéus, Itabuna, Jequié e Simões Filho Mato Grosso Cuiabá Minas Gerais Governador Valadares Pará Dom Elizeu, Marabá, Paraupebas e Tucuruí Paraíba Cajazeiras, Catolé do Rocha, Monteiro e Piancó Paraná Guaíra, Loanda, Nova Londrina e Sarandi Pernambuco Afogados da Ingazeira, Araripina, Arcoverde, Camaragibe, Floresta, Guaranhuns e Santa Cruz do Capibaribe Piauí Água Branca e São Raimundo Nonato Rio de Janeiro Itaboraí e São Fidelis Rio Grande do Norte Currais Novos e Mossoró Rondônia Buritis, Espigão D’Oeste, Ouro Preto do Oeste, Porto Velho Roraima Bonfim, Mucajal, Pacaraíma São Paulo Catanduva Sergipe Laranjeiras e Maruim O Liraa não identifica os casos de dengue no país, mas mostra em quais cidades há mais focos do mosquito transmissor. Os dados apresentados pelo Ministério da Saúde foram coletados em 561 municípios nos meses de outubro e novembro deste ano. Em 2010, o número de cidades em risco era exatamente a metade, 24. No entanto, na ocasião foram consideradas 370 cidades, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, as
cidades com mais de 4% de infestação (quantidade de casas infectadas a
cada 100 residências) são consideradas em risco, de acordo com padrões
internacionais. As cidades que estão abaixo de 1% são de baixo risco e os municípios intermediários caracterizam situação de alerta. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, há 236 cidades em alerta e 277 em baixo risco. 'Vencer a batalha'
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que a situação dessas 48
cidades é especialmente delicada porque o período mais intenso de chuvas
– que beneficiam a proliferação do mosquito – ainda não chegou. “Classificamos eles exatamente pela previsão de que em janeiro,
fevereiro, haja infestação ainda maior. Eles estão no momento final para
vencer a batalha”, disse. Padilha afirmou que essas cidades receberão uma orientação especial sobre como combater as infestações. Além disso, o ministério está repassando R$ 90 milhões para ações de prevenção em 989 municípios, informou Padilha. As cidades que atingirem metas de redução dos casos de doença e de
infestação no ano que vem poderão receber 20% a mais da verba. Locais de proliferação -
Nas regiões Norte e Sul, os mosquitos transmissores da dengue estão
concentrados principalmente no lixo, enquanto no Nordeste e no
Centro-Oeste o problema está relacionado ao abastecimento de água, pois a
maioria dos focos foram encontrados em caixas de água e poços. Redução de casos -
Segundo o ministério, houve redução de 25% dos casos suspeitos da
doença registrados até novembro deste ano em comparação com o mesmo
período do ano passado. Em 2011, foram 742 mil casos de dengue, enquanto
em 2010 foram registrados 985 mil até novembro. A maior redução foi registrada no Centro-Oeste, onde houve 211 mil
casos no ano passado e 48 mil neste ano, redução de quase 80%. Sul e
Sudeste também tiveram redução de 13% e 25%, respectivamente. O Norte e o
Nordeste, porém, aumentaram os casos em 28% cada um. Para o ministro, um dos motivos da redução é a intensificação da
vigilância por meio do programa que utiliza o microblog Twitter para
identificar os locais de risco. Por meio da página do ministério, a
população manda informação em tempo real sobre casos suspeitos em sua
região. Com isso, a Saúde produz um relatório semanal e alerta os municípios de
forma rápida, antes que epidemia se instale. “A ferramenta que busca
descobrir se há comentário, se as pessoas se antecedem a notificação
dada pelo município. Com esse dado, o ministério vai saber se a
vigilância e a notificação estão sendo corretas”, informou Alexandre
Padilha.
Fonte: G1
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