O
desmatamento da Amazônia caiu 53,6% em Julho deste ano na comparação
com o mesmo mês do ano passado, mostraram dados do Instituto Nacional
de Pesquisas Especiais, que apontaram perda de 224,94 quilômetros
quadrados de floresta no mês passado. A área corresponde a pouco mais
de 27 mil campos de futebol do tamanho do Maracanã, no Rio de Janeiro. A
queda no desmatamento reverte uma trajetória de alta identificada em
meses anteriores e iniciada entre Março e Abril, quando o desmatamento
da floresta subiu 472,9% na comparação anual. A alta, apontada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, como "absolutamente
inusitada" por ter ocorrido durante a temporada de chuvas na região,
levou a pasta a criar em maio- mês em que a elevação foi divulgada- um
gabinete de crise para tratar do assunto. Entre
as medidas adotadas, estavam a intensificação da fiscalização em campo
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), com a colaboração da Polícia Federal, da Força
Nacional de Segurança e das Secretarias de Meio Ambiente dos Estados da
Amazônia. Em Julho,
segundo números do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real
(DETER), Mato Grosso, maior produtor de soja e detentor do maior rebanho
bovino do país, caiu para a terceira posição no ranking dos Estados
que mais desmataram a floresta. Mato
Grosso liderou a alta do desmatamento no período de março e abril e
vinha perdendo apenas para o Pará nos meses subsequentes. Em julho,
Rondônia assumiu a segunda posição. Entre
agosto de 2010 e julho de 2011, o Deter apontou desmatamento de
2.654,44 quilômetros quadrados de floresta amazônica, aumento de 15,6
por cento em relação ao acumulado entre agosto de 2009 e julho de 2010. O
período entre agosto de um ano e julho do ano seguinte é considerado
por especialistas como o ano-calendário do desmatamento e é o espaço de
tempo usado para medir o desmatamento anual. Entretanto,
para medir o total desmatado em um ano, o Inpe não usa o Deter,
sistema que mede o desmatamento mês a mês e que serve de auxílio para
ações de fiscalização. Para
a medição anual, o instituto usa o Prodes, que trabalha com imagens de
melhor resolução, capazes de mostrar também os pequenos desmatamentos.
O total do desmatamento entre agosto do ano passado e julho deste ano
pelo Prodes deve ser divulgado pelo Inpe no fim deste ano.
Fonte: iG Notícias.
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