A tarifa média de energia elétrica para a indústria
da Bahia é de R$ 365,20 por megawatt/hora (MWh), o que representa 11% a
mais do que a média brasileira , de R$ 329 MWh. É também superior em
69% à média de R$ 215,50 em um conjunto de 27 países do mundo que
possuem dados disponíveis na Agência Internacional de Energia. A
diferença chega a 160% quando se compara a Bahia com países dos Brics
(Rússia, Índia e China), que pagam em média R$ 140,70. Se a comparação
for com a média dos países vizinhos (R$ 197,50), novamente a Bahia é bem
mais cara - em 85%. As conclusões são do estudo Quanto Custa a Energia
Elétrica para a Indústria no Brasil?, realizado pela Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Em termos de
Brasil, o levantamento atesta que a indústria brasileira paga a quarta
conta de energia mais cara do mundo, o que afeta a sua competitividade. A
tarifa de consumo industrial, de R$ 329 por MWh na média nacional, fica
atrás apenas de Itália, Turquia e República Tcheca. O preço brasileiro
é 53% superior à média mundial. Considerando a média dos Brics
[R$ 140,70 o MWh], a tarifa brasileira é 134% maior. A indústria
nacional também paga 131% a mais do que a média de seus principais
parceiros comerciais [EUA, Argentina, China e Alemanha], de R$ 142,20 o
MWh. “Sob qualquer ótica, estamos muito acima do razoável”, afirma
Cristiano Prado, gerente de competitividade e investimentos da Firjan. O
trabalho reforça o alto peso de encargos e impostos sobre o custo
total das indústrias, que representam 48,6% da tarifa. Mas os custos de
geração, transmissão e distribuição, o chamado GTD, também têm forte
influência no total. Segundo o estudo, só o custo de GTD no Brasil, de
R$ 165,50 por MWh, supera a tarifa de competidores como a China e
Argentina, apesar da vantagem hídrica brasileira.
Fonte: Correio
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