O clima de empolgação com a passagem da Seleção Brasileira por Belém fez
o técnico Mano Menezes abandonar a cautela para o jogo contra a
Argentina, nesta quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), no Estádio do
Mangueirão, pelo Superclássico das Américas. O treinador disse que o
ambiente favorável o deixou confortável para abrir o time e escalar
jogadores menos experientes. "É algo que aumenta a nossa confiança, mas precisamos retribuir o que
está vindo da arquibancada. Minhas decisões em relação aos jovens
acompanham esse sentimento de arquibancada, um ambiente mais confortável
para que eles não sintam a falta de experiência. Queremos que seja algo
forte, mas temos uma parte importante para fazer este casamento",
disse. Mano escalou o estreante Bruno Cortês no lugar do veterano lateral
esquerdo Kleber, promoveu a entrada de Rômulo no meio-de-campo e
observará Borges como camisa nove mesmo com experiente Fred no grupo. Se
no 0 a 0 em Córdoba preferiu Renato Abreu para fechar o meio-campo, em
Belém escalou Lucas para atuar no ataque. "Às vezes protegemos mais como fizemos em Córdoba, mas temos aqui uma
presença muito grande de jogadores Sub-23 que fazem parte desta
convocação. Não precisa expor desnecessariamente os jogadores. Essa é a
grande vantagem de não jogarmos as Eliminatórias, mas entendo que
estamos fazendo isso de forma equilibrada e todos entenderam", disse. Para escalar Lucas, Mano mexeu em grande parte da estrutura do time.
Recuou Ronaldinho para o meio-campo, inverteu Neymar de lado (da direita
para esquerda) e optou pela entrada de um volante com características
mais defensivas, Rômulo, em vez de Casemiro. Assim, espera um time mais
agressivo e ao gosto da torcida. "Agora temos que retribuir com um
futebol melhor". Euforia por Neymar O atacante Neymar é de longe o jogador mais assediado da Seleção. É alvo
de gritos, histeria e plantão de torcedoras no Hotel Crowne Plaza. Mano
acredita que a empolgação está relacionada à eventualidade de uma
cidade localizada longe do centro do futebol do País receber uma partida
com astros. Por isso, o treinador espera mais festa que cobranças no
Estádio do Mangueirão. "Isso ocorre pela chance de estar próximo dos ídolos que os torcedores
paraenses não têm tanta oportunidade de ver. Em outros lugares isso se
torna mais comum. Daí começam a enxergar defeito", disse o treinador,
marcando as diferenças da relação da torcida em estados como São Paulo e
Rio de Janeiro e em outros localizados ao norte do País.
Fonte: Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário