O valor de R$ 35 para o acesso à internet
com velocidade 1 Mbps (megabite por segundo) “é razoável” e fará com que
o Brasil esteja entre os três países da América do Sul com acesso mais
barato à rede mundial de computadores. A avaliação foi feita hoje (21)
pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ao participar do
programa Bom Dia, Ministro, da EBC Serviços e da Secretaria de
Comunicação da Presidência da República.
Esse valor entra em vigor a partir de 1º de outubro para as operadoras
de telefonia, empresas de TV a cabo e provedores que aderirem ao Plano
Nacional de Banda Larga (PNBL). Paulo Bernardo calcula que, até o fim do ano, 800 municípios estarão com
internet a R$ 35. Além da adesão das empresas privadas ao PNBL, o
governo atua no “atacado” para disponibilizar a rede de fibra ótica da
Telebrás, em instalação, a pequenos provedores em contratos que prevejam
a oferta do serviço conforme o valor estabelecido no plano, diz o
ministro. Segundo ele, até dezembro, a rede estará em funcionamento em
São Paulo e Brasília.
Para o ministro, a concorrência pode baixar ainda mais o preço da
internet ou forçar a oferta de melhores serviços pelo mesmo valor. “Vai
ter que baixar ou aumentar a velocidade”, afirmou Paulo Bernardo,
durante o programa de rádio Bom Dia, Ministro, da EBC Serviços e da
Secretaria de Comunicação da Presidência da República, transmitido hoje
(21) de manhã, de Brasília.
A adesão ao PNBL não tem como condições a qualidade e a regularidade do
serviço, a exigência da velocidade de 1 Mbps é nominal. Os provedores se
comprometem apenas a entregar no mínimo 10% da velocidade contratada.
De acordo com o ministro, estão em tramitação na Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) regras fixando os parâmetros da oferta de
internet por telefonia e por TV a cabo.
Segundo ele, o governo também trabalha para que as empresas tenham
“metas de competição” e sejam forçadas a ceder espaço disponível em suas
redes de fibra ótica para a passagem de sinal das concorrentes. O
propósito é “evitar que uma empresa sufoque a outra. Se não estiver
usando, vai ser obrigada a ceder”.
Paulo Bernardo se diz consciente de que o barateamento do acesso à
internet vai aumentar a demanda sobre a estrutura por onde trafegam as
informações da rede. “Nós precisamos, paralelamente, de construir redes
para dar conta disso”, disse o ministro. A conta no governo é que, até
2014, sejam gastos R$ 10 bilhões com redes de fibra ótica, satélites,
novo cabo submarino ligado à América do Norte (e eventualmente outro,
ligado à Europa).
O ministro disse que, durante a Copa do Mundo de 2014, as 12
cidades-sede terão que contar com serviços de internet ultrarrápida (de
50 a 100 megabites por segundo), para dar suporte ao trabalho dos
jornalistas que cobrirão o Mundial de Futebol no Brasil. "A capacidade
instalada vai ficar como legado.”
Durante o programa de rádio, o ministro ainda anunciou que, até abril do
ano que vem, o governo fará licitação de um canal de radiodifusão para
provimento de telefonia e internet na zonar rural. No próximo ano,
também haverá licitação para o telefone celular de 4ª geração (4G), com
maior capacidade de transmissão de dados.
De acordo com Paulo Bernardo, o acesso à internet favorece o crescimento
econômico. Para cada 10% da população que pode usufruir da rede, há um
crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
Informações: Agencia Brasil, Fonte- Tribuna da Bahia
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