Ninguém imaginava que o ditado popular “urubu não caga duas
vezes no mesmo lugar” fosse ser contrariado. Pois bem, aconteceu. O
Bahia de Feira fez como o Colo Colo, em 2006, dentro do Barradão,
derrotou o Vitória por 2 a 1, e se sagrou Campeão Baiano de 2011. Para
os supersticiosos e pessimistas, tudo seria possível. O time de Feira
de Santana, em jogo de campeão, venceu o Vitória por 2 a 1 e de forma
aguerrida. O
Tremendão começou o Baiano deste ano com o pé direito. Foi campeão do
Torneio Início e fez ótima campanha em toda a competição. Durante todo o
campeonato, não perdeu nenhum jogo dentro de casa, no Jóia da Princesa.
A campanha geral se resumiu a apenas três derrotas, seis empates e 12
triunfos, incluindo a grande final, que deu o título inédito ao time de
Feira. Números
à parte é preciso destacar um nome: o do técnico Arnaldo Lira. De 2009,
quando subiu para a elite do Campeonato Baiano, até a taça, o Bahia de
Feira conseguiu chegar às semifinais já em 2010 e superou o feito este
ano. Para realizar a bela campanha, foi fundamental a permanência dele,
desde o início desse projeto à frente do time. Se o técnico já costumava
gritar durante as partidas, ganhou um belo motivo para ficar sem voz. O
primeiro grande lance da partida foi aos 8 minutos. Em saída rápida, o
lateral Leo saiu driblando e tocou avançado para Nikão. Após tirar o
zagueiro da jogada, ele chutou cruzado. Apesar da bola não ter levado
perigo, a jogada animou a torcida presente no Barradão. Mesmo com
a vantagem de jogar em casa e de poder empatar - que ainda assim lhe
garantiria o título - o Vitória não conseguia dominar a partida e
deixava espaço para o Bahia de Feira criar boas jogadas. O Leão começou a
buscar o rápido contra-ataque para tentar abrir o placar. Aos 15
minutos, Geovanni cobrou falta e colocou dentro da rede. O goleiro Jair
ficou paralisado. Para quem já tinha a vantagem do empate, abrir o
placar deu ao Leão uma tranquilidade fundamental em dia de decisão. Mas
apesar do gol, o Vitória tinha dificuldades para criar. A falta de jogo
do rubro-negro abriu espaço para que o Bahia de Feira se soltasse mais
no jogo. Aos
45 minutos, o Bahia de Feira chegou ao empate. Após uma falha na bola
aérea em cobrança de escanteio, Allyson sobe mais que a zaga e manda pra
rede. O empate seguido de um erro de ataque deixou a torcida
rubro-negra com raiva. Os jogadores foram para o vestiário sob vaias. Segundo tempo e virada No
início do 2º tempo, só deu o rubro-negro. Nikão e Elkeson coordenavam
os ataques. Mas depois dos cinco minutos iniciais o time voltou a virar
espectador do Bahia de Feira, como no 1º tempo. A torcida não perdoou.
Nikão foi substituído aos 14 minutos e deixou o campo vaiado. O
jogo seguia como uma espécie de replay do primeiro turno. Até que aos
21 minutos, o Bahia de Feira virou o placar. João Neto, sozinho pela
esquerda, avançou na área e chutou forte pra rede. Viáfara ainda tocou
na bola, mas não conseguiu impedir o gol da virada. O Vitória teve uma
chance de empate um minuto depois, mas não aproveitou. Em
cruzamento na área, Rildo lança para Neto Baiano que é empurrado na
área. O juiz chegou a marcar o pênalti, mas, alertado pelo assistente do
impedimento do jogador rubro-negro, cancelou a penalidade. Festa em Feira Com a vitória assegurada, o Bahia de Feira foi campeão
e levou o terceiro titulo estadual para a cidade de Feira de Santana.
Antes, o Fluminense já havia faturado o título duas vezes. Foi também
uma vitória do interior. Embora
o Fluminense seja detentor da maior torcida feirense, a cidade
comemorou o titulo inédito do Bahia neste domingo à noite, tão logo o
árbitro apitou o final da partida. Pelas ruas vários veículos e motos
fizeram um buzinaço e desfilaram em comemoração.
Fonte: Interior da Bahia
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