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quarta-feira, maio 25, 2011

Formação de jovens empreendedores chega à reta final.

Depois de 15 semanas de formação e sete viagens de estudo o Programa de Empreendedorismo do Jovem Rural (PEJR) se aproxima da reta final. Agora, os/as 28 jovens vivem a expectativa de apresentar os projetos elaborados nos municípios onde vivem com suas famílias. Os projetos serão submetidos à uma banca para avaliação. A banca contará com três pessoas, sendo um técnico da área escolhida pelo jovem, um representante de instituição parceira do programa e um agricultor ou agricultora que já desenvolve alguma atividade que está sendo proposta pelo/pela jovem no projeto. De acordo com o coordenador do Programa de Juventude do MOC, Givaldo Souza, a banca não tem o objetivo de aprovar ou reprovar, mas, contribuir para que o jovem consiga um financiador para o projeto. Com uma formação intensa e diversificada, o PEJR estimulou o debate e a reflexão sobre a identidade do jovem do campo e as perspectivas de geração de renda que o campo oferece, evitando a saída para os grandes centros urbanos em busca da terra prometida. Agora, próximos de se tornarem Agentes de Desenvolvimento Rural, o que se espera é que esses jovens ajudem a construir um campo com oportunidades para todos e todas. “Nós estamos formando sujeitos que vão se empoderar economicamente através de um projeto que foi elaborado minuciosamente. Foi uma formação rica, plural, e os jovens que estão aqui, até o final do programa, eles conseguiram incorporar isso e tornar o programa parte da vida deles. Nós estamos muito satisfeitos. Esses jovens vão fazer a diferença nas instituições, nas famílias, nas propriedades e serão cidadãos com perspectiva de permanência no campo com sustentabilidade, com renda, com acesso à cidadania”, afirma Givaldo Souza. Apicultura como fonte de renda – Aos 26 anos, Geovânio Silva dos Santos é morador da comunidade de Jibóia, no município de Retirolândia. Em sua propriedade, onde vive com a família, ele cria caprinos, ovinos, e também desenvolve a horticultura. No entanto, a apicultura foi a prática escolhida pelo jovem no momento de elaborar o projeto.
Geovânio conta que o trabalho com as abelhas começou através de alguns agricultores que o incentivaram. Desde então, o futuro Agente de Desenvolvimento Rural resolveu aliar a geração de renda com a preservação do meio ambiente. “Eu trabalho com a apicultura há dois anos. A formação do PEJR despertou em mim o desejo de aumentar minha produção”, disse Geovânio. No projeto que será apresentado nos próximos dias, o jovem pretende aumentar a criação de abelha italiana, adquirindo mais caixas para a produção de mel. “A apicultura hoje está crescendo muito na nossa região semiárida, constituindo-se numa ótima alternativa para gerar renda”, ressalta Geovânio. O sabor que vem das frutas – No município de Serrinha Gildete Pereira optou em trabalhar com um empreendimento diferente. Com 20 anos de idade, ela mora em uma pequena propriedade rica em plantas frutíferas, na comunidade de Mombaça.  Com a ajuda da família a jovem beneficia as frutas e comercializa para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Através do Programa de Empreendedorismo do Jovem Rural (PEJR) Gildete decidiu aproveitar a grande quantidade de frutas produzidas em sua propriedade não apenas para fazer polpa, mas, para montar uma sorveteria com frutas típicas. “Meu empreendimento vai trabalhar com três produtos: a polpa de fruta, compotas e o sorvete. Quero muito realizar este sonho que também vai ajudar minha comunidade, pois com o aumento da produção eu terei que comprar frutas com os outros moradores”, comenta a jovem que foi a primeira a beneficiar as frutas na comunidade onde mora. “Na minha comunidade sempre teve muitas frutas, mas os moradores não sabiam aproveitar. Eu que iniciei o processo de beneficiamento e quero muito ampliar para beneficiar a todos”. Com orgulho, ela revela que a participação no PEJR trouxe muitas oportunidades de crescimento pessoal. “Quando entrei no PEJR eu era apenas uma jovem. A partir do programa passei a integrar o conselho fiscal da Ascoob, passei a ser secretária da Apaeb e da associação de Mombaça”. Expectativas – Ao se aproximarem da reta final, os jovens se questionam como será de agora em diante, depois de apresentarem os projetos. O coordenador Givaldo Souza afirma que mesmo depois de formados os jovens serão acompanhados pelos educadores do PEJR. “Mesmo com o fim dessa primeira etapa nós vamos continuar acompanhando esses jovens para que eles e elas tenham sucesso como empreendedores/as rurais”. A formatura dos novos Agentes de Desenvolvimento Rural será realizada no dia 11 de junho, às 17 horas, no Clube Sisalândia, em Retirolândia e terá a participação de familiares e amigos dos formandos/as. 

Fonte: Moc - Movimento de Organização Comunitária

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Colaboração do Fotografo ACL o Popular Mala Veia.

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