O Núcleo Avançado de Prevenção Criminal e Defesa
do Preso Provisório reuniu no dia (14/04/11) instituições da
sociedade civil durante seminário. O evento teve como objetivo
apresentar o trabalho realizado pelo núcleo e sensibilizar as
instituições para apoiarem Projeto Pena Alternativa, que visa o trabalho
de reinserção de presos na sociedade através de medidas
sócio-educativas. O MOC, o DISOP Brasil, CREAS, CRAS entre outras
entidades foram convidadas a contribuir com esse trabalho. O
projeto busca a parceria das instituições na perspectiva
profissionalizante, onde o assistido que não foi condenado por crime
violento, terá oportunidade de se re-habilitar através de prestação de
serviço a comunidade, aprendizado de uma profissão e acompanhamento
multidisciplinar, através de assistente social, psicólogos e pedagogos
do núcleo. Para Roberta Leite, assistente social, a participação das
instituições é fundamental. “A participação das instituições é de suma
importância, pois ela vai contribuir para reinserção do preso através de
seus serviços e também irá contribuir com a família”. A
idéia do projeto é aproveitar o trabalho que as entidades já fazem, e a
partir disso inserir estas pessoas em suas atividades. Segundo a Drª.
Betânia Ferreira, coordenadora do núcleo, 17% dos presos que compõem a
população carcerária brasileira não precisariam estar integrando o
sistema penitenciário, visto que os delitos cometidos não envolvem ações
violentas, sendo mais fácil recuperar o individuo para retomar o
convívio em sociedade. “É preciso diminuir esses gatilhos na vida de
quem cometeu o primeiro delito. Se nós apoiarmos a pessoa que furtou o
primeiro celular ou portou ilegalmente uma arma, através de
acompanhamento completo certamente poderemos ajudá-lo a se reintegrar e
não avançar cometendo novos crimes”, afirmou Betânia Ferreira. Cada
instituição poderá contribuir recebendo um ou mais assistidos do
projeto durante oito horas semanais, integrando-os em cursos e
capacitações. Segundo Wanessa Portugal , psicóloga do núcleo, é traçado
um perfil da pessoa, que será encaminhada a partir das suas necessidades
e dos serviços disponíveis nas instituições. “Não queremos apenas
substituir a pena por mediadas sociais, ou inocentar pessoas. Queremos
que a pessoas prestem serviço a sociedade e não precisem do sistema
prisional para se reinserir”, ressaltou Wanessa Portugal. Feira
de Santana é a única cidade do estado a receber o projeto que é
realizado através da parceria do Ministério da Justiça e da Defensoria
Pública, com duração de um ano.
Fonte: MOC
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